Os funcionários da Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU) de Marília, participaram no início desta semana, da Campanha Nacional do Combate contra a Aids, celebrada mundialmente no dia primeiro de dezembro, domingo passado. “Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU)”, recordou a superintendente do hospital mariliense, Márcia Mesquita Serva Reis, que aderiu a campanha e sempre a data é lembrada entre os funcionários da ABHU.
Segundo Mariza Pereira, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da ABHU, a data foi destacada na instituição, na segunda-feira, dia dois, quando todos receberam um laço vermelho, símbolo mundial da luta contra a Aids. “A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids”, disse a integrante da CCIH da ABHU. “A escolha do dia primeiro de dezembro seguiu critérios próprios das Nações Unidas”, explicou. “No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988”, recordou a dirigente hospitalar que procurou chamar a atenção dos funcionários para o movimento e conseguiu. “Distribuímos cartazes, banner e o comentário foi unânime sobre a doença”. Falou Mariza Pereira.
Apesar dos avanços, o preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/Aids ainda são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico. “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 33 milhões de pessoas convivem com o vírus do HIV no planeta”, recordou Mariza Pereira ao estimular o movimento dentro do hospital de Marília. “Diariamente surgem 7.500 novos casos”, recordou ao mostrar tom de preocupação.
No mês em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Aids, o governo brasileiro anuncia uma parceria firmada entre o Ministério da Saúde, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o laboratório internacional Bristol-Myers Squibb, quando será possível produzir o “atazanavir”, um medicamento usado por cerca de 20% dos soropositivos. O sulfato de “atazanavir” é um antirretroviral da classe dos inibidores de protease e constitui uma importante droga na composição de esquemas terapêuticos para o tratamento de pacientes com infecção por HIV/Aids. Atualmente, ele é indicado para início de terapia antirretroviral como um dos medicamentos preferenciais pelas diretrizes internacionais do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, da Sociedade Internacional de Aids, e da Sociedade Clínica Europeia de Aids, e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O antirretroviral que já é distribuído aos pacientes do Sistema Único de Saúde (Sus), é utilizado por cerca de 45 mil pessoas, perto de 20% do total de pacientes, 217 mil. A oficialização do processo de transferência de tecnologia para a produção do medicamento no país foi recebida como um presente. Com a fabricação do medicamento no Brasil, espera-se uma economia R$ 81 milhões por ano. “Uma boa notícia para comemorar neste ano”, resumiu Mariza Pereira.