Mulher passou mais de um ano e meio em consultas sem solução até que foi atendida na UPA zona Norte e encaminhada ao hospital, onde foi feito procedimento
Uma mulher de 50 anos conseguiu resolver um problema abdominal que incomodava e trazia transtornos de saúde durante cerca de 18 meses. O problema começou a ser resolvido quando ela deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da zona Norte, em Marilia. Encaminhada para o HBU (Hospital Beneficente Unimar), ela passou por exames, que identificaram o problema e resultaram no início as medidas para cirurgia, que foi realizada com sucesso.
O cirurgião geral e especialista em aparelho digestivo Marcos Pagani Junior destaca que a paciente passou por ressonância magnética, que identificou um cisto de supra renal, bastante raro. “Uma vez identificado o problema, decidimos fazer uma cirurgia por meio de vídeo (videolaparoscopia), utilizando equipamento com tecnologia de ponta por meio do SUS (Sistema Único de Saúde)”, destacou Pagani Júnior.
O especialista aponta a rapidez e a eficiência do hospital na identificação e resolução do problema que era enfrentado pela paciente. “Entre a entrada dela na UPA, a realização dos exames e a cirurgia, que já resultou em alta, foi tudo muito rápido, colocando fim ao sofrimento da paciente, que já durava um ano e meio”, ressaltou.
Pagani Junior explicou ainda que a cirurgia também contou com a participação do especialista em urologia, Renato Carretta Chambo e dos residentes em aparelho digestivo Pedro Meira Dolfini e Mariana Castilho Facchini. Para o especialista, a presença dos médicos em formação é fundamental, para que eles possam viver todo processo de realização da cirurgia. “É importante para o aprendizado, assim eles podem tirar o máximo de conhecimento que a gente busca passar para eles”, apontou.
Trata-se de uma ocorrência rara, porém a estrutura do HBU está sempre preparado para buscar o melhor para o paciente. “Podemos destacar a estrutura do hospital, que garantiu o tratamento pelo SUS, com um conforto muito bom à paciente, que teve procedimento pouco invasivo e de rápida recuperação. Tanto que ela já teve alta e está em casa”, apontou.
Para o residente em aparelho digestivo Pedro Dolfini foi bastante importante participar da cirurgia, como forma de ter acesso a todos os procedimentos nos tratamentos dentro da especialidade. “Nós participamos de todos os passos, desde a realização dos exames, definição de como seria a cirurgia e outros detalhes. Isso mostra a qualidade da residência do nosso hospital, uma vez que vivenciamos na prática o que é passado na teoria”, explicou.
Dolfini explicou ainda que toda preparação do paciente, no pré-operatório, encaminhamento para a sala de cirurgia e o procedimento propriamente dito teve a participação dos residentes. “Foi uma oportunidade única, uma vez que se tratou de um caso raro e que a gente pôde fazer essa cirurgia por videolaparoscopia. Esse tipo de trabalho a gente não encontra em qualquer lugar e muito menos no SUS”, destacou.
Para a residente em aparelho digestivo Mariana Castilho Facchini, participar da cirurgia desta paciente foi uma oportunidade muito grande, uma vez que os procedimentos por vídeo, de alta complexidade e com técnicas minimamente invasivas são uma tendência e o futuro da medicina. “Conhecer todas as técnicas, tanto no pré quanto no pós-operatório agrega muito a nossa formação. E o caso dessa paciente foi diferenciado, porque ela passou por vários atendimentos, sem ter uma solução para o caso. Receber o caso, dar atendimento e plena recuperação à paciente foi fundamental”, explicou.
Mariana apontou ainda a satisfação em ver a paciente deixar o hospital, com uma recuperação rápida e sem nenhuma intercorrência e indescritível. “A gente fica com a sensação de dever cumprido. De que conseguimos, por meio da nossa especialidade, dar melhor condição de vida para essa pessoa”, finalizou.