Funcionários da Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU) de Marília receberam no último dia 30, orientações específica sobre comportamentos não violentos, dentro da comemoração do Dia Internacional da Não Violência, quando a advogada Glória Regina Dall Evedove fez uma exposição sobre o tema durante pouco mais de 60 minutos. “Foi uma maneira que encontramos de chamar a atenção dos nossos colaboradores para que tenhamos atitudes consideradas de “não violentas” em todos os sentidos”, disse a superintendente do hospital mariliense, Márcia Mesquita Serva Reis, ao considerar válido este tipo de encontro. “A violência não se resume em alguns comportamentos”, disse ao ressaltar a questão do respeito mútuo. “O importante é que as pessoas compreendam a importância da paciência, da tolerância e do respeito com o outro”, falou.
De acordo com Glória Regina Dall Evedove, violência significa usar a agressividade de forma intencional e excessiva para ameaçar ou cometer algum ato que resulte em acidente, morte ou trauma psicológico. “A violência se manifesta de diversas maneiras, como em guerras, torturas, conflitos étnico-religiosos, preconceito, assassinato, fome, etc”, disse a especialista convidada para apresentar o tema neste Dia Internacional da não violência. “Ela pode ser identificada como violência contra a mulher, a criança e o idoso, violência sexual, violência urbana, etc”, exemplificou. “Existe também a violência verbal, que causa danos morais, que muitas vezes são mais difíceis de esquecer do que os danos físicos”, destacou ao pontuar de que a palavra violência deriva do Latim “violentia”, que significa “veemência, impetuosidade”, mas na origem está relacionada com o termo “violação” (violare). “Quando se trata de direitos humanos, a violência abrange todos os atos de violação dos direitos: civis (liberdade, privacidade, proteção igualitária); social (saúde, educação, segurança, habitação); econômico (emprego e salário); cultural (manifestação da própria cultura) e político (participação política, voto).
Em 10 de novembro de 1998, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a primeira década do século XXI (de 2001 a 2010) como o Decênio Internacional da Promoção de uma Cultura da Não-Violência e da Paz em Prol das Crianças do Mundo. O Dia Internacional da Não Violência, comemorado em diversos países, em homenagem ao líder religioso hinduísta Mahatma Ghandi. A data foi escolhida por ter sido neste dia em que o líder foi assassinado por um fundamentalista hindu, em 1948. “A Não-Violência é um termo que se refere a uma série de conceitos sobre moralidade, poder e conflitos que rejeitam completamente o uso da violência nos esforços para a conquista de objetivos sociais e políticos”, disse a psicóloga, Elaine C. de S. Cordeiro, que faz parte do Departamento de Recursos Humanos da ABHU de Marília, ao promover o encontro no hospital mariliense.
De acordo com a psicóloga geralmente o termo é usado como sinônimo de pacifismo, e partir do meio do século 20 passou a ser aplicado também a confrontos sociais que não usem violência, bem como movimentos políticos e filosóficos que tenham aderido aos mesmos conceitos. “Sem dúvidas se trata de um tema amplo e profundo capaz de muitas reflexões”, disse Elaine C. de S. Cordeiro ao considerar o evento válido para que os participantes reflitam sobre comportamento no dia a dia.