A Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU) de Marília está participando de forma ativa do Programa Amor de Criança, ao lado da Universidade de Marília (Unimar), Unesp-Marília e USP-Ribeirão Preto, no atendimento a famílias necessitadas com crianças vítimas da paralisia cerebral. “Por sermos um hospital filantrópico e ligado diretamente na comunidade, não poderíamos deixar de fazer parte de um projeto como este, tendo toda uma infraestrutura pediátrica que temos”, comentou a superintendente da ABHU de Marília, Márcia Mesquita Serva Reis, ao tomar conhecimento de detalhes do programa com o idealizador, o médico pediatra, Francisco Agostinho Júnior. “A paralisia cerebral é a mais frequente causa de incapacidade na infância”, disse o médico especialista. “O Brasil tem de 30 a 40 mil casos novos por ano”, apontou em tom de preocupação.
De acordo com Francisco Agostinho Júnior a paralisia cerebral é um fato inesperado que ocorre na vida das pessoas, influenciando no comportamento dos pais, da família, da sociedade e do Estado. “Um fato inesperado deste, uma criança com paralisia cerebral, afeta o lado emocional, econômico, social e espiritual”, disse o médico pediatra que utiliza o ambulatório infantil da ABHU para os atendimento na comunidade que hoje chegam a 23 famílias entre 18 meninos e 5 meninas com idade entre um a 13 anos de idade. “Procuramos fazer um trabalho de inclusão, nos adaptando a situação e colaborando com as famílias que normalmente são muito necessitadas para conduzirem um fato inesperado como este”, explicou Francisco Agostinho Júnior que conta com pessoal multidisciplinar nas áreas científica, mobilidade, enfermagem, odontologia e nutrição dentro do Programa Amor de Criança, que visa assessorar as famílias que contam com crianças com paralisia cerebral.
Com apoio do setor empresarial, o programa tem conseguido a aquisição de materiais, equipamentos e produtos médicos específicos para os casos apresentados. Já foi possível a aquisição de sondas de gastrostomia, equipamentos para exame de phmetria, dentre outros. “Este programa é de inclusão solidária”, afirmou Francisco Agostinho que vem buscando parcerias para fortalecer o programa, no sentido de ampliar o atendimento. “Atendemos toda a região e sempre necessitamos de algo a mais para diminuir a dificuldade das famílias”, falou. “Daí a importância de fortalecermos o nosso grupo, de termos mais alternativas de atendimento e podermos colaborar com mais pessoas”, falou ao enfatizar que uma paralisia cerebral afeta os instintos sensoriais, perceptivos, cognetivos, comportamental e epilepsia. “Algo que ninguém espera, e por isso, não se está preparado para lidar com isso”, disse ao acreditar no envolvimento humanitário da população em geral. “Estamos abertos a qualquer proposta que venha a intensificar o nosso objetivo”, disse. “Somos instrumentos do próprio Deus”, avaliou.