A Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU) de Marília se prepara para iniciar nas próximas semanas, o processo de instalação de uma clínica de infertilidade para atender toda a região centro oeste paulista. De acordo com o diretor administrativo do hospital mariliense, Rodrigo Paiola, os entendimentos para a oferta deste tipo de atendimento já foram finalizados e agora começa a parte de instalação. “Ainda não temos a previsão do início do serviço, porém, em breve já atenderemos os casais interessados na reprodução assistida”, comentou o dirigente satisfeito com os entendimentos mantidos e com o início das obras de instalação.
Para Rodrigo Paiola existe um interesse muito grande na região para que Marília tenha este tipo de procedimento contra a infertilidade. “Atualmente temos apenas este tipo de tratamento em cidades como São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, do porte que vamos oferecer”, comparou o dirigente ao lembrar da existência de pequenos laboratórios e clínicas que auxiliam casais denominados inférteis, quando após um ano de relações sexuais frequentes, sem uso de métodos contraceptivos, não conseguem engravidar. “Esta situação é muito recorrente, visto que aproximadamente 15% dos casais apresentam dificuldades para engravidar”, comentou o dirigente da ABHU de Marília.
No projeto desenvolvido e que começa a ser implantado, a entidade de saúde de Marília oferecerá tratamentos como: Coito Programado (CP), Inseminação Intrauterina (IIU), Fertilização In Vitro (FIV), Injeção Introcitoplasmática de Espermatozoide (ICSI), Setor de Preservação dos Gametas, Setor de Urologia e Setor de Psicologia. “Está dentro dos nossos planos o desenvolvimento de projetos como: Doações, Ovodoação, Banco de Sêmen e Preservação da Fertilidade”, comentou Rodrigo Paiola que vem se informando sobre o assunto, principalmente quanto a equipamentos e tratamentos. “Temos condições de oferecer um atendimento com qualidade”, garante.
FERTILIZAÇÃO – O Brasil realizou em 2013 mais de 24.000 ciclos de fertilização in vitro. Nesse procedimento, a mulher recebe estímulo para produção e retirada de óvulos, que são fertilizados e colocados em no próprio útero. No mesmo ano, 52.000 embriões foram transferidos a pacientes submetidas à técnica — um mesmo ciclo pode incluir mais de uma transferência até que o procedimento resulte em uma gravidez de sucesso. Esses dados fazem parte do 7º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O documento traz informações coletadas em 93 dos 120 bancos de células e tecidos germinativos do Brasil, conhecidos também como clínicas de reprodução humana assistida. Segundo o relatório, o número de embriões doados para pesquisas com células-tronco embrionárias foi de 5.131 em 2013. Além disso, foram congelados 38.062 embriões nas clínicas de reprodução assistida. Desse total, 66% estão em bancos da região Sudeste; 14% na região Sul; 12% na região Nordeste; 7% na região Centro-Oeste e 1% na região Norte.